16 julho 2007

Música - Até a última gota

"Durante as gravações de A Panela do Diabo, o esforço de Raul atingiu seu ponto mais alto de emoção e simbolismo, como bem lembra o produtor Pena Schimidt: "O ritmo das gravações obedecia ao ritmo de Raul. Gravávamos uma estrofe de manhã, parávamos à tarde, retornávamos no dia seguinte e assim foi durante o tempo todo". Este ritmo seria seguido até o momento de gravar o número solo de Raul no LP, uma faixa chamada "Nuit", que ele havia composto em 1981 e, inexplicavelmente, mantinha inédita. Pena lembra que, neste dia, ele se viu diante do velho Raul Seixas hipnótico e poderoso que conhecera no Festival de Saquarema, em 1975. "Ele pediu para que todas as luzes fossem desligadas e exigiu gravar os vocais numa tacada só, sem retoques", lembra. "E assim foi, apesar de Raul Ter perdido a voz nos últimos versos. Quando as luzes se acenderam, todos no estúdio estavam com os olhos rasos d'água, porque entendiam que aquela letra era um bilhete de despedida". Versos como "quão longa é a noite/ a noite eterna do tempo/ se comparada ao curto sonho da vida" não deixam dúvidas - e os motivos que levaram a canção a permanecer reservada por tanto tempo foram finalmente esclarecidos".
Fonte: http://www.casadobruxo.com.br

Antes de ter lido o texto acima, eu achava engraçado o jeito que Raul cantava as músicas do disco A Panela do Diabo. A voz arrastada e a língua enrolada me davam a certeza de que ele estava mais doido que o Lobão. Cheguei até a pensar que era de propósito ou até, quem sabe, uma forma de protesto. Hoje, ouvindo a música, fico comovido com o esforço do baiano, já vencido pela pancreatite, pra gravar a sua própria despedida (baixe Nuit aqui).

Nuit
(Raul Seixas)

Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia
Sou da noite a companheira mais fiel qu'ela queria! Yeah, yeah,yeah, yeah!
Amo a guerra, adoro o fogo
Elemento natural do jogo, senhores:
Jamais me revelarei! Jamais me revelarei!
Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia
Sou da noite a companheira mais fiel qu'ela queria! Yeah, yeah,yeah, yeah!
E quão longa é a noite. A noite eterna do tempo
Se comparado ao curto sonho da vida
Chega enfeitando de azul a grande amante dos homens
Guardando do sol, seu beijo incomum..... ah!
Seja bom ou o que não presta
Acendo as luzes para nossa festa, senhores:
Eu sou o mistério do sol! Eu sou o mistério do sol!
Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia
Sou da noite a companheira mais fiel qu'ela queria! Yeah, yeah,yeah, yeah!
Mas é com o sol que eu divido toda a minha energia
Eu sou a noite do tempo. Ele é o dia da vida
Ele é a luz que não morre quando chego e anoiteço
O sol dos dois horizontes a mais perfeita harmonia.....
Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia




14 julho 2007

UFO - Operação Prato - O Caso Roswell Brasileiro

Exibido pelo History Channel na série Arquivos Extraterrestres, o documentário "O Caso Roswell Brasileiro" mostra um caso clássico da ufologia nacional (nada a ver com o título "O Caso Roswell Brasileiro"). Considerada uma das mais impressionantes ondas ufológicas de nosso país, o fenômeno Chupa-Chupa corresponde a objetos luminosos aéreos que atacavam populares na Amazônia, principalmente no segundo semestre de 1977, atingindo-os com potentes feixes de luz que muitos afirmavam sugar o sangue. Esses UFOs sobrevoavam preferencialmente as pequenas comunidades litorâneas e rurais.




Leia mais sobre o caso Roswell verdadeiro aqui.